domingo, 26 de abril de 2009

ABSOLVIÇÃO


Espero que agora que partiste
e que na tranquila imensidão
da paz desse lugar eterno
onde nos consegues bem avaliar,
percebas que me vias triste
não por falta de bom senso ou razão
mas pela responsabilidade do inferno
em que se transformou aquele lugar
-
Tentei tudo prever
no intuito de te proteger
e de te puder entregar
fortes armas com que lutar,
mas, como poderia eu adivinhar
essa monstruosa falta de sorte
esse teu oculto definhar
essa tua causa de morte?
-
Se em alguma vez poderei
ter sido insensível ou injusto
e que me tenhas suportado só a custo
nesse meu papel de querubim do rei,
quer estejas no "meu" céu
ou na "tua" reencarnação
submeto-me a ti como réu
e imploro o teu perdão.
-
LETRASALINHADAS
-
Lembrei-me de ti...e decidi recuperá-lo, hoje, por ser hoje, fica melhor por aqui, e tu mereces cada linha, cada letra...
(Original de 02MAI2008)

8 comentários:

Rita Galante disse...

Perdão, perdão... um grande gesto. Um enorme passo a caminho do Amor!

Gostei muito deste teu poema, meu fã número 1...hihihi...

Beijinhos de Amor, Paz e Luz!

Anónimo disse...

Gostei da tua forma de escrever. Mais que o teor dos textos ou os assuntos abordados (ainda assim de bom gosto), agradou-me a forma como foram construídos gramaticalmente. Este por exemplo é riquissimo, numa cuidada escolha de versos com rimas cruzadas, intervaladas, entre rimas emparelhadas e até interpoladas (esqueces-te as internas, ou simplesmente não as usas???), num carrosel tremendo que não deixa de seduzir. Muito bom, e sei que nada disto acontece por acaso....repetem-se muito nos teus poemas para poderem ser simples coincidências. Um abraço J.F.

Sunshine disse...

De rimas e métricas não percebo! Gosto do que leio, pelo conteúdo, pelo ritmo, pela musicalidade... por aquilo com que me identifico.
Beijinhos

C.G disse...

Gostei do que vi e li,adoro salvador dali e poesia,e na minhas tento enquadrar uma foto ou pintura..visita me em:
http://silencefromhate.blogspot.com

:)sorriso

Carlota disse...

Às vezes gosto de pensar que, seguindo Caeiro, "O único sentido íntimo das coisas / É elas não terem sentido íntimo".

E depois aforismo para tudo.

Mas que bonito poema, que bonito peso de consciência. :)

No name disse...

Passei aqui, para te agradecer o comentário que deixaste no meu "Desculpa Mãe" e para te dizer que gosto do teu modo de escrever, em particular gostei deste poema,que voa de ramo em ramo como se fosse um passarinho a ensair passos ao som da 9ª de Chopin.

Continua...

Com Tintas e Pincéis disse...

Não me perdoo por só hoje ter vindo "espreitar" o teu blog! Que poema lindo! Triste, mas lindo.
Fico à espera do próximo.
Bjs

IMAGEM DO SOM disse...

Gosto do blogue.
Identifico-me com as tuas escolhas musicais. Falatm alguns...